Vai faltar matcha? A verdade por trás da escassez do chá verde

As redes sociais transformaram o matcha em febre — o que é ótimo, já que esse chá verde tem benefícios incríveis pro corpo e pra mente. Mas junto com o hype, começaram os burburinhos: “vai acabar”, “é crise”, “não tem mais matcha no Japão!”. E, como tudo que viraliza rápido, o que está realmente em falta é contexto.

 

Como bons amantes dessa cultura, a gente achou importante entrar nessa conversa e explicar por que o matcha não vai acabar. O que está acontecendo é uma escassez bem específica — e ela precisa ser compreendida, não dramatizada.

 

Então separe uns minutinhos do seu dia, que a gente te mostra por que você pode respirar fundo: o seu chá verde preferido não vai sumir tão cedo.

 

 

O boom do chá verde (e a confusão que veio junto)

 

Que o matcha virou tendência mundial, ninguém duvida. O mercado global foi estimado em US$ 4,25 bilhões em 2024 e deve chegar a US$ 6,68 bilhões até 2029, com um crescimento anual de 9,46%. No TikTok, a hashtag #matchatok já acumula mais de 2 bilhões de visualizações — uma febre real.

 

Mas nem todo matcha é igual — e é aí que começa o mal-entendido.

 

O que está em falta não é o matcha como um todo, mas sim uma categoria muito específica: o matcha cerimonial. Ele é feito a partir dos brotos mais jovens da camellia sinensis, colhidos apenas uma vez ao ano, em uma janela curtíssima. Por serem folhas menores e delicadas, sua produção é naturalmente mais limitada.

 

Por isso, essa conversa sobre escassez diz respeito exclusivamente ao cerimonial. Existem outras graduações de matcha com processos diferentes de cultivo — que continuam amplamente disponíveis.

 

É o caso do matcha culinário, feito com folhas mais maduras e colhido em maior volume. Ele é mais acessível, tem um sabor marcante e os mesmos benefícios incríveis para o corpo quando consumido com regularidade. Ou seja: você não precisa abrir mão do seu ritual diário de chá verde só porque o cerimonial está mais disputado.

Mesmo com o crescimento da demanda, na Namu seguimos fazendo tudo como sempre foi: sem acelerar o processo, sem estocar além do necessário e sem especular. Quando o matcha cerimonial esgota — como aconteceu no ano passado — a gente simplesmente espera o próximo ciclo. Porque é assim que a natureza funciona, e é assim que o matcha deve ser respeitado.

 

 

 

 

A tradição do chá verde vai muito além do Japão

 

Quando se fala em matcha, é comum pensar logo no Japão. Mas o que pouca gente sabe é que a Coreia do Sul também cultiva chá verde há mais de mil anos, com técnicas tradicionais que atravessam gerações.

 

É de lá que vem o nosso.

 

Mais precisamente da região de Hadong, um vale montanhoso onde o chá cresce entre neblinas suaves, silêncio e cuidado. Hadong é considerada o berço do chá na Coreia — e não por acaso. Ali, o cultivo é feito de forma paciente, com respeito ao solo, ao clima e à sabedoria de quem conhece a terra há gerações. Desde 2017, a região é reconhecida como Patrimônio Agrícola Mundial pela FAO, graças à forma como preserva suas práticas ancestrais e mantém viva a cultura do chá.

 

É dessa paisagem quase poética que vem o matcha da Namu.

 

Nossa parceria com o Hadong Green Tea Institute nos conecta diretamente a pequenos produtores que seguem métodos livres de agrotóxicos e garantem rastreabilidade em toda a cadeia. A Coreia do Sul reconhece oficialmente o matcha como parte de seu patrimônio agrícola nacional, reforçando a importância cultural da bebida no país. A Namu tem exclusividade na importação do matcha de Hadong, fortalecendo uma cadeia curta, rastreável e sustentável — do campo até a sua xícara.

 

Em tempos de desinformação e notícias que viralizam sem contexto, acreditamos que transparência e rastreabilidade são fundamentais.

 

Talvez o que esteja em crise não seja o matcha, mas a forma como falamos sobre ele. Que tal trocarmos o discurso da escassez por um olhar mais atento à origem, à graduação e ao cuidado em toda a cadeia?

Conheça os nossos matchas, com graduação, sustentabilidade e tradição milenar.